«Pôr a alma em carreira de salvação»: as peregrinações e o casamento enquanto forma de redenção, no século XVIII
Resumen
Nos séculos XVII e XVIII o número de pessoas em movimento era elevado. Os caminhos estavam repletos de indivíduos que se deslocavam em busca de uma vida melhor, de oportunidades de trabalho, tratamento de doenças ou a negócios. Todavia, muitos vagueavam pelas estradas após terem cometido delitos nas suas terras natais. Fugiam, desta forma, aos castigos a que seriam sujeitos.
A fuga e a inconstância a que estes homens e mulheres ficavam votados, vendo-se obrigados a criar vidas de fachada para serem acolhidos no seio das comunidades onde se queriam estabelecer levava-os, após alguns anos, a buscarem regularizar a sua condição. É neste último caso que procurámos centrar a nossa atenção. Pretendemos analisar a peregrinação enquanto forma de absolvição não só divina, mas também social. Através do ato de peregrinarem, homens e mulheres passavam a estar aptos para abandonarem as margens da sociedade.
A dupla dimensão da peregrinação que colocava o romeiro, até então muitas vezes era conotado como vagabundo, em graça com Deus e com os homens, será o nosso objeto de estudo. Procuraremos, entender a importância que peregrinar continuava a ter, no período moderno, no seio de uma sociedade profundamente religiosa.
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